Um taxista de 39 anos teve um pedaço do nariz arrancado durante uma corrida na madrugada desta sexta-feira (29) em Palmas. Ele foi levado para o hospital, mas não conseguiu reimplantar o órgão. A confusão aconteceu após o passageiro, de 32 anos, vomitar no táxi e começar a discutir com o motorista. De acordo com a Polícia Militar, o passageiro estava visivelmente alcoolizado.
O taxista, que pediu para não ser identificado, contou que estava em um ponto de táxi na avenida Juscelino Kubitschek (JK), no centro de Palmas, quando uma mulher ligou pedindo para buscar o marido em um canteiro de obras na quadra 101 Norte.
O taxista pegou o passageiro e seguiu para o endereço informado pela mulher. No meio do caminho o homem vomitou no táxi. "Eu falei com ele brincando: ´vai ficar uns R$ 20 mais caro´. Aí ele falou que tudo bem, que ele estava errado mesmo", contou o taxista.
Ao chegar próximo de onde deveria deixar o passageiro, o taxista disse que foi questionado como sabia o endereço. "Ele pediu para entrar na quadra, mas eu falei que estava indo para o endereço passado pela mulher dele. Aí começou a perguntar como eu conhecia a mulher dele, mas eu estava apenas indo para o endereço que ela tinha passado".
Ao chegar no endereço o motorista recebeu um golpe no pescoço. "Ele passou de 10 a 15 minutos me aplicando uma gravata e me mordeu. Eu quase desmaiei. A mulher dele chegou e chamou a polícia. Quando ele folgou um pouco [o golpe] eu consegui me soltar. Ele tentou ir para a frente do veículo e eu segurei ele até a chegada da polícia", afirmou.
A Polícia Militar informou que esteve no local e encontrou o passageiro alcoolizado dizendo que o taxista queria matá-lo.
O taxista foi socorrido pelo Samu, levado para a Unidade de Pronto Atendimento e depois transferido para o Hospital Geral de Palmas. Porém, não conseguiu reimplantar a parte do nariz que foi arrancada. Ele recebeu alta e deve passar por uma cirurgia de reconstrução.
O caso foi registrado na central de flagrantes da Polícia Civil. O carro passou por perícia e o passageiro deve ser autuado por lesão corporal. A Secretaria de Segurança Pública informou que o delegado aguarda laudo do IML para verificar a gravidade do ferimento.
O taxista conta que trabalha em Palmas há oito anos e este é o primeiro problema que enfrenta com passageiros. "Vou continuar [na profissão] porque só sei fazer isso. Tenho família para criar e contas, mas vou ficar um pouco mais alerta. Ficar mais esperto e trabalhar menos a noite. É uma profissão perigosa", lamentou.
Fonte: G1