Índio é preso suspeito de estuprar filha de 9 anos no AC: 'ela não podia gritar, ele batia', diz polícia

Suspeito de estuprar filha indígena de 9 anos no interior no Acre foi levado para a delegacia — Foto: Arquivo Pessoal


Um indígena de 38 anos foi preso, na tarde de terça-feira (28), em Santa Rosa do Purus, no interior do Acre, suspeito de estuprar a filha de 9 anos. Os abusos, de acordo com o depoimento da menina, ocorriam há um ano.

A prisão foi feita pela Polícia Militar, em apoio ao Conselho Tutelar do município, que recebeu denúncia de abandono de incapaz e também de abuso sexual.

"A gente recebeu a denúncia, investigamos, pedimos o apoio da PM e, quando levamos a menina para fazer o exame de conjunção carnal, foram confirmados os abusos", disse uma conselheira que acompanha o caso e pediu para não ser identificada.

O comandante da PM no município, Daniel Silva, informou ao G1 que , ao chegar na casa, o pai não estava, apenas a menina e o irmão de 11 anos. Após buscas, o homem foi encontrado no Centro da cidade e foi levado para a delegacia.

"É uma situação absurda. Desde os oito anos que ele violava a menina. A criança estava bastante machucada. Quando ele mantinha relações, ela não podia gritar, ele batia", contou o comandante.

A menina ainda teria dito à polícia que o pai não deixava ela dormir à noite tocando nas partes íntimas dela, quando bebia. A menina era castigada e apanhava se negasse ou fizesse algum barulho durante os abusos.


"Ele foi levado para a delegacia e agora esperamos a juíza expedir o alvará da prisão preventiva, para depois ele ser encaminhado ao presídio de Sena Madureira", disse.

O menino foi levado para a casa de parentes e a menina está sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que tenta conseguir um abrigo para ela, até que a mãe, que mora em outro município do interior, chegue em Santa Rosa.

"Já fizemos a solicitação para que ela seja atendida pelo psicologo do município", concluiu a conselheira.

O G1 tentou ouvir o delegado que acompanha o caso, Rodrigo Noll, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.

G1