Um trator com carroça coletando lixo pelas ruas da cidade. O que nos dias atuais pode não ser mais comum, no município de Limoeiro voltou a ser realidade. Para muitos moradores é um retrocesso, mas para a gestão municipal foi uma alternativa encontrada para recolher os resíduos em horários não convencionais. Atualmente, a coleta de lixo é feita através da empresa Vialim Engenharia Ambiental Ltda. Segundo o secretário executivo de Obras Urbanas, Rodrigo Melo, o trator tem sido utilizado para coletas posteriores ao recolhimento feito pelo caminhão compactador, que tem os horários, dias e locais pré-definidos.
"A gente notou que nesse intervalo de tempo, como por exemplo, próximo a escadaria (do Redentor), centro comercial, as pessoas estavam colocando o lixo após a passagem do carro (caminhão compactador), então pegamos a carroça para esse percurso nos horários após a coleta, e, de fato, vem dando certo. O lixo está sendo recolhido com melhor eficiência, a calçada do Mercado Público, que antes era uma tristeza, está passando o dia limpa", citou o secretário. Por outro lado, nas redes sociais, moradores pensam diferente. "Isso é voltar aos anos setenta", comentou Djair. Na imagem, também é possível observar a falta de segurança para os garis.
Rodrigo também afirmou que a prefeitura ampliou o serviço para cinco bairros que não recebem a coleta da Vialim. "Estamos fazendo com esse trator e as pessoas estão satisfeitas", pontuou. Ele ainda adiantou que uma tela também será utilizada para cobrir as bolsas de lixo. "Esse é um trabalho de reforço naquilo que é feito após a coleta do lixo. Na porta do cemitério, por exemplo, estamos fazendo isso diariamente. É uma pena que é um trator, mas por outro lado é benefício para população", comentou Melo. O secretário executivo disse que diante de um trabalho maior de conscientização das pessoas, não seria necessário colocar uma coleta extra.
Vialim - A nossa reportagem fez um levantamento dos valores empenhados, liquidados e pagos à Vialim pela prefeitura de Limoeiro no exercício de 2019. De acordo com o Portal da Transparência do Tribunal de Contas do Estado, o ano passado fechou com R$ 1.658.019,36 empenhados. Desse total, foram liquidados (serviço executado com emissão da Nota Fiscal) R$ 1.273.394,78. Porém, foi pago o valor da ordem de 771.941,61.
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